sexta-feira, 16 de julho de 2010

Ciclo "Os Senhores da Galáxia"



O 5º ciclo da série Perry Rhodan, "Os Senhores da Galáxia" (Die Meister der Insel), que faz parte do grande ciclo "Galáxias Estranhas", é o mais apreciado pelos leitores, segundo pesquisas feitas pela VPM; e mesmo aqui no Brasil ele é o preferido pela maioria. Esse ciclo foi publicado na Alemanha entre os anos de 1965 e 1967. Talvez o fascínio que ele causa até hoje nos leitores se deva a certos aspectos da história, que ao mostrar uma humanidade emigrada para outra galáxia e a visão dessa civilização humana há mais de 50 mil anos no passado, cita lendas e teorias que já estiveram muito em voga, como a de que já existiu uma civilização bem mais avançada no passado remoto de nosso planeta, as lendas sobre o continente perdido de Mu, ou Lemúria, e a envolvente e instigante ação e histórias de espionagem tão em voga naqueles tempos da era Scheer.

Sobre K.H. Scheer, que teve muitas críticas sobre sua visão excessivamente militarista, belicosa e fascista, é interessante ler o que ele próprio disse sobre isso, em particular sobre o forte aparato bélico e armamentista do 5º ciclo, com seu ápice no ultracouraçado Crest III:

" Esta evolução não foi surpreendente, porque eu vivia na Terra de 1966. O Vietnã, as pessoas mortas, toda sua loucura . Ditadores africanos e sul-americanos dizimaram e torturaram seus povos. A Guerra Fria entre o Oriente e o Ocidente levou à proximidade de pressionarem o botão vermelho dos foguetes de longo alcance. O ciclo dos Senhores da Galáxia foi um sintoma dos tempos em que foi escrito."

Esse foi o primeiro ciclo da série a ter 100 episódios, que assim ficaram distribuidos quanto aos seus autores e o número de histórias que escreveram:
William Voltz: 25
H. G. Ewers : 25
Clark Darlton: 19
Kurt Mahr: 16
K. H. Scheer: 13
Kurt Brand: 2


Existem 31 romances planetários que tem suas histórias ambientadas na mesma época que se passa o ciclo e que tem histórias relacionadas com ele. Além disso todos os volumes do miniciclo "Lemúria" são inspirados e tem várias referências ao ciclo dos mestres da ilha.

3 comentários:

  1. Eu gosto muito desse ciclo, pois o n° 200 foi o primeiro Perry Rhodan que li, esse número ganhei quando comprei uma revista e veio ele de brinde, quando li virei fã de Perry Rhodan.

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  2. Pois é, Claudinei. Muita gente começou a ler a série a partir do nº 200, e alguns inclusive só tomaram conhecimento de sua existência a partir dali.
    Ocorre que até então a série só era vendida através de assinaturas e nas lojas da própria Ediouro.
    A partir do nº 200, em 1983, a editora lançou uma grande campanha publicitária a nível nacional, com propagandas em jornais, revistas, televisão e cartazes de rua (outdoors), com promoções, e passou a vender a série em bancas de revistas, livrarias, supermercados, etc...
    Eu comprei esse exemplar em um supermercado em 1983, e o possuo até hoje.

    Obrigado pelo comentário, e volte sempre.

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  3. Comecei a ler Perry Rhodan em 1976, ao 14 anos, desde o primeiro volume, Missão Stardust. Na época fiquei entusiasmado, pois não havia lido (agora que me ocorre!) nada do gênero FC! Estórias simples e intrigantes, fáceis de digerir. A encadernação em tamanho reduzido da Ed Tecnoprint também ajudou, era fácil de guardar e colecionar. No call das edições havia uma referência aos "500 fãs-clubes que se reuniam em convenções" e ao filme que "explodiu nas telas da Europa". Depois de muito procurar, encontrei, por fim, mês passado na internet, outubro 2010, o filme que tanto me povoou a imaginação "SOS aus dem Weltall". Decepções à parte relativas à essa produção, creio que se deveria considerar melhor investimento, pois a concepção promete.

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