segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A origem dos Senhores da Galáxia


O 5º ciclo da série Perry Rhodan, "Os Senhores da Galáxia" (Die Meister der Insel, nºs 200-299) é considerado pelos fãs como o melhor de toda a série, tanto na Alemanha, onde já está no 36º ciclo, como aqui no Brasil, onde foram publicados do 1º ao 7º e o 11º e 12º ciclos completos e o 8º e 13º parcialmente. Assim é natural que os leitores tenham curiosidade em saber de certas situações que não ficaram bem esclarecidas ou explicadas com o término do ciclo dos mestres da ilha. Principalmente no Brasil onde não foram publicadas outras séries paralelas e minisséries, ou mesmo ciclos mais adiantados onde o tema foi abordado. Este Romance Planetário nº 288 de autoria de Peter Terrid, ilustração de capa de Alfred Kelsner aborda o assunto. A história se passa em Andrômeda no ano 24.000 a.C.

Título: O Forjador da Imortalidade

Subtítulo: No planeta da eternidade - surgem os Senhores da Galáxia


Após o êxodo dos lemurenses para Andrômeda. Alguns jovens lemurenses viajam para um planeta remoto nas fraldas da galáxia. Entre eles Gebdan Avalari, Gorn Flaquor, Selaron Merota e sua amante, Agaia Thetin. No planeta apenas habitantes primitivos, aparentemente descendentes de refugiados lemurenses. Uma tempestade de areia separa o grupo e Gorn Flaquor desaparece. Já nessa situação evidencia-se o sangue frio de Agaia. Gorn é encontrado com ferimentos graves perto de uma pirâmide com 200 metros de altura e com uma rede de estranhos e brilhantes fios que não poderia ter sido construida pelos nativos. De repente Gorn é envolvido por um campo brilhante e seus ferimentos são curados. Os nativos os reverenciam e Agaia imediatamente exige a submissão de todos eles.

Mais tarde Selaron e Agaia acham ter encontrado nesse mundo,o segredo da imortalidade. Agaia quer usa-lo em seu proveito e Selaron concorda. Agaia retorna para Lemuria e Selaron fica no planeta para conquistar a confiança dos nativos. Conversando com um velho sacerdote à beira da morte, este lhe diz que o "sopro da criação" era limitado pelo equilíbrio do poder. Aparentemente esse homem tinha mais de 200 anos e quando morre se decompõe rapidamente. Selaron é aclamado como o novo sacerdote da tribo. Agaia retorna com robôs de combate e amplo material de pesquisa.

Selaron descobre que o material e a forma do templo são cruciais e um multiquartzo de vibração multidimensional foi instalado nele. Então ele constroi uma cópia do templo em escala 1:10 em quartzo puro. Este templo é de muitas maneiras mais eficaz que o original e cura até ferimentos graves. Selaron trabalha na substituição das células individuais de crescimento e finalmente consegue copiar um pássaro, mas ainda não é possível a transferência da linguagem paramecânica do original para a cópia.

Em uma festa dos nativos Selaron conhece a garota Ermia e passa a noite com ela. Dessa relação nasce a menina Ermigoa. Mas Agaia está esperando uma filha de Selaron, qua ao nascer recebe o nome de Mirona.

Selaron desenvolve uma máquina de duplicação - o primeiro Multiduplicador.

Passam-se os anos e as duas meio-irmãs crescem e pelas suas frequentes discussões e brigas, vê-se que não se entendem.

Selaron continua as pesquisas e constroi um artefato que torna seu portador relativamente imortal. Agaia batiza esses dispositivos de ativadores de células. No entanto eles tem um inconveniente: para se ajustar ao portador é preciso fazer um modêlo atômico e isso também poderia ser utilizado para a produção de duplicatas no Multiduplicador.

Selaron viaja com Agaia para a Lemúria a fim de recrutar novos cientistas, e lá conhece um Tamrat chamado Proht Meyhet. Após vários contatos reúne-se um grupo de 13 renegados que conspiram contra o governo, e seu chefe é conhecido como Fator I.

No vôo de volta, encontram um transmissor solar e entram em contato com os engenheiros solares. Para sua surpresa, Selaron descobre que Agaia tem guardados vários moldes atômicos.

De volta ao planeta ermo, Selaron faz experimentos com os duplos criados por ele e também com Agaia, Mirona e Ermigoa. Como os duplos tinham uma programação hipnótica implantada, são completamente leais. Nos anos e décadas seguintes é desenvolvido um transmissor de tempo e o planeta ermo é batizado de Tamânia. Agaia planeja tomar o poder do império lemurense para renová-lo, pois ela não é outro senão o Fator I. Selaron é forçado por Agaia a trabalhar ainda mais para construir um grande transmissor solar hexagonal. Os engenheiros solares devem ser mandados ao passado para a Via Láctea para construir um transmissor idêntico que possibilite a fuga dos lemurenses. O projeto leva 270 anos para ser concluído, mas funciona. O planeta Lemúria é evacuado para cumprir sua nova função de regulador e controle do transmissor do tempo. Milênios mais tarde os terranos o conhecerão pelo nome de Vario.

Selaron completa seu último grande projeto: o ativador celular autosuficiente. Produz de 15 a 20 unidades do aparelho e entrega a maior parte para Agaia, mas reserva um para ele mesmo e outro para Ermigoa. Agora ele quer se aposentar definitivamente.

Em uma conversa surpreendente com um ex-sacerdote dos nativos Selaron conta sobre os ativadores e o sacerdote fica horrorizado. Ele revela a Selaron que todos esses dispositivos são alimentados com a vitalidade do povo de seu criador. Os ativadores e duplicadores portanto, são os responsáveis pelo desaparecimento dos lemurenses. Selaron fica chocado e quer fugir com Ermigoa.

No laboratório, ele se reúne com Agaia e Mirona. Mirona quer fazer uma experiência e duplicar seu ativador celular, pois não quer mais depender de seu pai. Selaron sabe que isso não é possível e que o ativador será destruido com isso, mas não fala nada, pois acredita que Mirona terá seu próprio julgamento e castigo destruindo seu ativador. O multiduplicador é ligado e como era esperado o ativador é destruído. Mas para horror de Selaron, Mirona não usou o seu ativador na experiência e sim o de sua mãe. Assim, Agaia é condenada a morte. Mirona ordena a morte de todos os duplos presentes e também a de Selaron. Mas Agaia mantém sua autoridade e permite que Selaron e Ermigoa fujam. Os dois deixam o planeta em uma nave. Mirona quer usar o transmissor do tempo para localizá-los mas não consegue encontra-los novamente.

É importante frisar, que essa não é uma versão definitiva e única para o surgimento dos senhores da galáxia. Na série existem outras versões que contradizem a desse romance planetário. Após o nº 1000 e principalmente a partir do 1500, no ciclo dos Linguides, aparece uma versão alternativa, que posteriormente abordarei aqui.

2 comentários:

  1. Hmmm...

    Pena, não parece uma origem digna da grandeza dos Senhores das Galaxias... Na propria serie se comenta que os ativadores celulares eram avançados demais para terem sido criados mesmo por cientistas lemurences, que a epoca se pensava mais avançados que os terranos atuais...

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  2. Existiam vários tipos de ativadores celulares; os ovais que foram distrinuidos por Aquilo e que podiam ser usados indiscriminadamente por qualquer pessoa, os dos cosmocratas, que era ajustados às vibrações individuais específicas de uma pessoa, como os usados por Rhodan e Atlan, os temporários ou provisórios, como o que foi usado por Alexandre, o grande, os lemurenses, que eram em forma cilindrica, de bastão, etc...a própria série não estabelece algo exato e deixa questões em aberto, pois Selaron baseou seu trabalho a partir da misteriosa pirâmide, que não se sabe a origem.
    A partir do 22º ciclo os ativadores dos terranos passam a ser na forma de chips e individuais, ou seja, não podem ser usados por outras pessoas além do portador.
    Além disso ainda há os ativadores de células do Levian Parom, "o primeiro imortal", que recebeu planos de construção de ativadores bem antes do tempo dos senhores da galáxia, mais de 50 mil anos a.C.
    E aquela citações na série era suposições de alguns personagens. Uma característica dos romances planetários é esclarecer coisas que a série principal deixou em aberto. Além disso há na série outra versão sobre o recebimento dos ativadores pelos mestres da ilha.
    Portanto os autores deixam possibilidades em aberto para desenvolverem novas histórias.

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