quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Romance Planetário com tema histórico


A série de Romances Planetários de Perry Rhodan foi um grande sucesso e abordou vários temas que eram geralmente paralelos à série principal, assuntos apenas citados nela e abordagens específicas sobre certos personagens. Um desses personagens foi Atlan e foi ali que se iniciaram sua "aventuras no tempo" que originaram uma edição posterior de Atlan.

O nº 242 dos Romances Planetários, "O Senhor das Cem Batalhas", publicado em 1983 narra a interessante história de como Atlan conviveu com Alexandre, o grande, tendo inclusive lhe dado um ativador celular. O período em que se passa a história é entre os anos 333 a 328 a.C. O autor é Hans Kneifel com ilustração de capa de Alfred Kelsner.


Em um dos intervalos de seu sono em sua cúpula sob o oceano atlântico, Atlan com sua companheira Charis, se envolve com Alexandre que havia herdado de seu pai, Filipe da Macedônia um imenso império. Apesar de sua juventude, ele tem as rédeas do seu reino com firmeza nas mãos e já podem ser vistos os primeiros sucessos contra seus inimigos.

A superinteligência AQUILO vê um grande potencial em Alexandre para acelerar a evolução da humanidade, desde que tenha tempo de vida suficiente para unificar firmemente seu império e instrui Atlan sobre isso, e lhe fornece um ativador celular temporário para dar a Alexandre; no entanto esse ativador tem um controle com que pode ser destruído a qualquer momento, pondo assim a vida do jovem macedônio nas mãos do arcônida.

AQUILO fornece a Atlan um grupo de andróides como sua tropa, que serão conhecidos como "Os Guerreiros de Bronze". Após um período de treinamento com essa tropa, Atlan tem de tornar-se o mais próximo possível de Alexandre para poder avaliar o caráter do jovem imperador. Eles viajam para Gordion, onde os macedonios preparam as tropas para a próxima campanha.

Os guerreiros de bronze destacam-se nas batalhas pelo seu equipamento, e em um encontro casual Alexandre troca algumas palavras com Atlan. O arcônida descobre que Alexandre pode ser seu descendente e da amazona Aieta Demeter que ele havia conhecido antes da guerra de Tróia. Alexandre convida Atlan e seus consultores, um grupo de notáveis, para ajudá-lo a resolver o lendário problema do "nó górdio".

Atlan segue Alexandre e suas tropas de uma certa distância até a costa do mediterrâneo. Ele mantem o soberano sob vigilância através de seus sensores a fim de obter uma base para tomar uma decisão. Lhe agrada que o governante parece estar atento a seus territórios conquistados e que queira uma maior aproximação das culturas helênica e persa. Entretanto o rei persa Dario prepara seus exércitos para se opor ao conquistador. Os dois exércitos confrontam-se em Issus. Atlan posiciona seu acampamento não muito longe e na manhã da batalha está pronto a intervir com seus guerreiros de bronze, caso necessário. Alexandre já ganhou sua simpatia, embora de um ponto de vista objetivo ele saiba que ainda não pode estar seguro.

Alexandre vence em Issus e se movimenta para a costa oriental do mediterrâneo. Atlan e Charis com os guerreiros de bronze viajam para a faixa de Gaza e de lá para Náucratis, no Egito. Lá, ele é visitado por um mensageiro que lhe traz um convite para ir ter com o oráculo de Amon, no oásis de Siwa. Ele aceita o convite e tem uma surpreendente conversa com os anciãos sacerdotes do oráculo sobre Alexandre e o futuro do mundo. Ele deixa um amuleto, que esconde o ativador celular com o sacerdote que o entrega a Alexandre posteriormente.

Alexandre continua sua marcha triunfal; as cidades que se rendem a ele são bem tratadas, mas as que se opõem são atacadas impiedosamente. Quando chega a Portugal, o sátrapa entrega o governo sem resitência e Alexandre é aclamado como libertador. Atlan e seus companheiros vão para a festa de boas vindas, mas com instruções de AQUILO para observar atentamente o macedônio. Atlan propõe ao novo governante do alto e baixo Egito sua colaboração, mas não em guerras e matanças. Alexandre então o manda em missão para construir uma cidade no delta do Nilo - a primeira de uma série de cidades que ostentarão o nome de Alexandre.

Alexandre move-se em direção a Babilônia e Dario o confronta na altura de Gaugamel. O macedônio deixa seus oponentes esperar vários dias para planejar cuidadosamente junto com seus generais e Atlan, a estratégia para enfrentar os carros de combate e os elefantes dos persas. Atlan diz que vai haver um eclipse lunar, e para Alexandre e seus homens isso é um bom sinal e probabilidade de gerar confusão entre os persas. Finalmente vem a batalha e o planejamento dos macedônios leva-os à vitória contra todas as probabilidades.

Babilônia e Susa são as próximas metas e Atlan aconselha Alexandre para que não haja saques e abusos. Mas após tomar a capital do império persa, Alexandre cede a suas tropas a vingança pelos atos passados dos persas. Embora desaprove, Atlan pode entender a motivação do imperador. Alexandre não está ansioso para reprimir o povo e sua cultura; por outro lado, sua vida é cada vez mais extravagante, com sua amante e bebedeiras. Durante uma frenética festa a pedido da cortesã Thais o palacio de Persépolis se incendeia e o fogo se alastra pela cidade. Atlan adverte claramente o imperador das consequencias que erros adicionais como esse podem acarretar.


Essa história continua e tem seu desfecho no nº 245 dos Romances Planetários, "O Fim de Um Governante".

Um comentário:

  1. Oi Delgado.

    Estava relendo este post seu sobre o passado do Atlan na Terra e me despertou uma curiosidade: Os volumes com o passado do Atlan na Terra sairam só em romances planetários? Você sabe em quais foram? Tem o original ai em PDF? To louco para ler estas histórias, mesmo que sejam em uma tradução automática.

    []'s
    Marcos

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